O Programa do XXI Governo Constitucional fixou como prioridades a inovação, a internacionalização e a atração de mais e melhor investimento (nacional e estrangeiro).

O processo de internacionalização tem registado progressos que importa consolidar e potenciar. Nas últimas duas décadas, as exportações apresentaram um crescimento superior ao PIB, assumindo-se como um dos principais motores da criação de riqueza nacional.

Em 2016 o peso das exportações no PIB ascendia aos 40,2 % vs 26, 7% em 2005. Desde 2012, Portugal tem apresentado um saldo positivo da balança comercial.

Cerca de 64 % das exportações nacionais de bens apresentam uma intensidade média/alta de tecnologia. Os serviços representam 35 % e o setor do turismo foi em média responsável por 16 % do total exportado.

O número de empresas exportadoras tem-se mantido praticamente inalterado desde 2012 (21 500/ano) apesar do elevado grau de renovação da base exportadora (5000 novas exportadoras/ano). Mantém-se porém umelevado grau e concentração: as 5 principais exportadoras nacionais foram responsáveis por 13 % das vendas no exterior e 50 % das exportadoras nacionais representam, em média, apenas 7 %.

O Investimento Direto Estrangeiro (IDE) tem vindo a crescer e assumir uma crescente relevância face ao PIB (52 % em 2012 vs 61 % em 2016), e cerca de 7 % do total do ano passado direcionou-se à indústria transformadora, enquanto a atividade financeira e de seguros foi responsável por 39 %.

Graph With Stacks Of Coins

Não obstante os resultados positivos alcançados nos últimos anos, quer no plano da internacionalização (outbound), quer no plano da captação de investimento (inbound), há ainda aspetos a melhorar.

O Programa Internacionalizar estabelece, como objetivos gerais, aumentar as exportações de bens e serviços, aumentar o número de exportadores, promover a diversificação dos mercados de exportação, incrementar os níveis de investimento (nacional e estrangeiro), fomentar o aumento do valor acrescentado nacional, e promover uma maior e melhor articulação entre os vários agentes envolvidos nos processos de internacionalização da economia portuguesa.

O desenvolvimento estratégico do Programa Internacionalizar assenta em duas linhas de atuação, interdependentes: o Comércio Internacional e o IDPE (Internacionalização outbound) e o investimento (e reinvestimento) em Portugal, nomeadamente o investimento direto estrangeiro (IDE) (Internacionalização inbound).

Para a dinamização destas duas linhas concorrem 6 eixos de intervenção: a) Business and Market Intelligence; b) Qualificação de Recursos Humanos e do Território; c) Financiamento; d) Apoio no Acesso aos Mercados e ao Investimento em Portugal; e) Desenvolvimento da Marca Portugal; f) Política Comercial e Custos de Contexto.

Os objetivos são ambiciosos e a implementação das medidas será crítica para o sucesso do Programa, envolvendo todos os sectores e entidades, públicas e privadas, em prol de um objetivo comum.

Portugal, um país cada vez mais competitivo e atrativo.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 189/2017: Aprova o Programa Internacionalizar, in Diário da República n.º 234/2017, Série I de 2017-12-06